Chancelaria
Apetece-me o pássaro azul…
Alvor de labaredas em torvelinho,
Baioneta, punhal, adaga ou quê…
Palavras que o vento traz e o vento leva,
Espuma branca na orla da praia!
Virão mil sombras e reflexos,
Pequenos fragmentos de coisa nenhuma;
Abalarão os alicerces da penumbra das coisas.
Pétala, folha seca, caule enxuto,
Raiz profunda, seiva e orvalho…
Pedra solta, rolada, no ribeiro quieto.
Carreiro de formigas, beijos fugidios,
Libélulas fugazes nas tardes estivais,
Odores a fruta e sons de zurros,
Entremeados de uivos, latidos e cacarejos!
Quieto povoado de entrevistos lugarejos.
O trinar do sino – a festa ou finados! –
Odores intensos a terra e pinhais,
Arvoredo denso, como densa é a memória
Do pão fresco nos matutinos dias.
by Paulo César, em 21.Jun.2005, pelas 06h40 (T.Towers)
sinto-me: grato